Os métodos tradicionais, em que as informações são confiadas na capacidade humana de analisar os dados diretamente, não são os mais eficazes, uma vez que os seres humanos não conseguem lidar adequadamente com grande escala de informações.

Para se implantar mecanismos de análise de dados sobre redes criminosas é preciso superar algumas dificuldades. Dados de qualquer tipo, mas em particular dados sobre atividades criminais apresentam diversos problemas, como por exemplo: (a) os registros sobre uma mesma pessoa ou sobre um mesmo evento são armazenados em mais de uma fonte, não sendo obrigatoriamente consistentes; e, (b) grafias distintas para um mesmo nome, como Wellington, Uélinton e Welinton, entre outros.

Por outro lado, ferramentas de análise normalmente exigem que sua fonte de dados esteja em um formato pré-determinado. São etapas inevitáveis neste tipo de trabalho, então, a realização de atividades de extração, de transformação e de carga de dados de suas fontes originais para o formato requerido pela ferramenta de análise, o que se equipara à metodologia exigida na construção de uma Base de Dados.

Vejamos o que João Bernardes Neto afirma sobre tecnologia e Base de Dados:

Enquanto a tecnologia de banco de dados nos tem provido de ferramentas básicas para um eficiente armazenamento e recuperação de grandes volumes de dados, o mesmo não se pode perceber na emissão de como ajudar as pessoas a entender e analisar grandes corpos de dados, principalmente nos crimes mais complexos, o que se torna um problema de difícil solução. Esta necessidade de trabalhar com os grandes volumes de dados leva à geração de novas ferramentas inteligentes para automatizar a descoberta de conhecimento. (BERNADES NETO, 2001, p. 19).

A análise, síntese e extração de conhecimento desses dados pelos analistas são lentas, sendo premente a construção de ferramentas que auxiliem, em especial, a visualização esquemática das informações obtidas. Nesse ponto a atividade de inteligência é primordial, pois, ao avaliar o crime, ela deve conseguir desvendar o inter criminis percorrido pelos infratores da lei. Para tanto, é preciso, inicialmente, definir as fases do processo, quais sejam: a coleta, a análise e a organização desses dados.

Na primeira fase, os dados são obtidos por meio de relatórios policiais, entrevistas, termos de declaração, informações oriundas de documentos públicos, imprensa, dados negados (com utilização criteriosa de informantes), informações bancárias e telefônicas, além de vídeos.

Na segunda, o papel dos analistas de informações é inter-relacionar as pessoas, os objetos e os fatos, aliando-os à natureza, ao local e ao tempo dos eventos.

Por fim, na última fase, faz-se necessário organizar essas informações em relatório de inteligência, com gráficos de relacionamentos os quais permitam visualizar os investigados e suas conexões e, especialmente, os dados faltosos para se determinar mais pedidos de busca de informações. Confeccionado referido relatório, o mesmo deve ser distribuído a seu(s) destinatário(s) com o objetivo de auxiliar no processo decisório.






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