— Análise de Círculo Social em Diagramas Analíticos de Redes Sociais —
Uma rede consiste, em sua forma primal, de elementos que conhecemos como "nós" interligados em uma malha, através da estrutura Entidade / Relacionamento (E/R). Tais nós podem ser entendidos como os protagonistas dos diagramas gerados pela Análise de Redes Sociais, conhecida pela sigla SNA - Social Network Analisys.
De acordo com a ontologia (ciência do ser enquanto ser) , os objetos que compõem a realidade são as entidades e as formas como os objetos interagem entre si constituem o relacionamento.
A entidade é o componente básico de uma ontologia. As entidades em uma ontologia podem incluir objetos concretos como pessoas, animais, mesas, automóveis, moléculas, planetas, assim como indivíduos abstratos como números e palavras. Para ser exato, uma ontologia não precisa necessariamente incluir indivíduos, porém um dos propósitos gerais de uma ontologia é apresentar um meio de classificação de indivíduos, mesmo que estes não sejam explicitamente partes da ontologia.
Os diagramas analíticos de redes sociais permitem a interpretação daquele momento da função do nó dentro de um determinado cenário. É modificada conforme novos elementos entram ou saem do esquema gráfico. Importante frisar que a SNA está "fundamentada na observação que os atores sociais são interdependentes e as conexões entre eles possuem importantes consequências para cada indivíduo." (FREEMAN, 2004).
Desta forma, a primeira medida de centralidade a ser analisada é o GRAU - Simplesmente localizar através dos cálculos matemáticos da teoria dos grafos quais as entidades mais ativas na rede com base no número de vínculos diretos a outras entidades.Podemos pensar em termos da sua "atividade" no diagrama, isto é, a quantidade de conexões que ela possui, sendo a entidade mais ativa aquela que possui o maior número de conexões comparado com as demais;
A segunda medida da análise é a INTERMEDIAÇÃO - Também por métodos matemáticos encontra-se as entidades chaves (NÓS) que unem diversas partes da rede. Está relacionada ao fato de uma entidade ou mais entidades conectarem subgrupos que, de outro modo, estariam desconectados. Busca determinar quem são as entidades que seriam mais essenciais no processo de disseminação de informações.
A terceira medida de análise é a PROXIMIDADE - Esta medida de centralidade está ligada à "rapidez" com que uma entidade interage com outras. Ou seja, quanto menor o número de vínculos para que uma entidade chegue a outra, maior sua proximidade.
Importante ressaltar que não existe hierarquia entre estas três medidas de centralidade, cada uma vai ter a devida importância no momento de análise da rede, podendo ser aplicada concomitantemente. Os resultados dos cálculos estão geralmente em porcentagem, conseguindo valorar a importância da atividade de cada entidade no diagrama.
Backstrom et al. (2012), utilizando uma boa fração da base de dados do FACEBOOK do ano de 2011, contendo aproximadamente 721 milhões de usuários (entidades) e 69 milhões de relacionamentos entre estes, chegou a conclusão que os usuários dessa mídia social estão separados entre eles em média 4,74 graus de separação.
Caso tenham curiosidade, entrem no site <https://oracleofbacon.org/> . Vejam quantos graus de separação existe entre os atores Kevin Bacon e Sylvester Stallone, ou entre Kevin Bacon e a Xuxa.
E para finalizar, lembremos que alguns grafos possuem direção , chamados de grafos direcionados. Nesse caso, deve-se considerar a direção de setas em vínculos, buscando indicar a direção e o fluxo de informações em um diagrama. Por exemplo, em uma quebra de sigilo dos dados telefônicos, sempre temos quem realiza a ligação e quem a recebe, tendo obrigatoriamente pelo menos um sentido da ligação.
E já fazendo o gancho, no próximo post falaremos sobre os grafos direcionados e sua importância e de sua aplicação prática.
Fonte: Dicionário do IBM i2 Analyst´s Notebook