— Ontologia —

Vejamos o que Ângela Luzia Miranda (2002) afirma a respeito do conceito de ontologia:

Conforme já fora dito inicialmente dimensão ontológica da tecnologia diz respeito ao seu "ser" em sentido metafísico (do grego τά μετά τά φυσικά =o que está além da física) [1]. A ontologia é a ciência do ser enquanto ser. Portanto, a análise ontológica da tecnologia implica em indagar qual o ser da tecnologia; refere-se à sua gênese, à sua identidade, à sua essência. No pensamento grego, prevalece a concepção ontológica de que a identidade já está determinada na natureza de cada ser. [2] Um ser será existencialmente aquilo que previamente estiver contido na sua substância. Aristóteles se refere ao termo, do seguinte modo: "A substância de cada coisa é a causa primeira do ser desta coisa. Algumas coisas não são substanciais, porém aquelas que são tais são naturais e estão postas pela natureza, e de tal maneira é claro que a substância é a natureza mesma e que não é elemento senão princípio". [3] Então, conhecer a substância dos seres é poder distingui-los dos demais seres; é poder atribuir-lhe uma identidade própria. É, pois, pela substância que podemos afirmar que "um ser não pode não ser". [4] (MIRANDA, 2002, p.19)

De acordo com a ontologia, os objetos que compõem a realidade são as entidades e as formas como os objetos interagem entre si constituem o relacionamento.

A entidade é o componente básico de uma ontologia. As entidades em uma ontologia podem incluir objetos concretos como pessoas, animais, mesas, automóveis, moléculas, planetas, assim como indivíduos abstratos como números e palavras. Para ser exato, uma ontologia não precisa necessariamente incluir indivíduos, porém um dos propósitos gerais de uma ontologia é apresentar um meio de classificação de indivíduos, mesmo que estes não sejam explicitamente partes da ontologia. A partir dessa definição, temos os modelos.

Modelar significa criar um modelo com as entidades que explique as características de funcionamento e comportamento. É uma parte importante do desenho de um sistema de informação.

Os modelos de dados são ferramentas que permitem demonstrar como serão construídas as estruturas de dados que darão suporte aos processos de negócio, como esses dados estarão organizados e quais os relacionamentos que pretendemos estabelecer entre eles.

A abordagem que se dispensa ao assunto normalmente atende a três perspectivas:

  • Modelagem Conceitual: é usada como representação de alto nível e considera exclusivamente o ponto de vista do usuário criador dos dados;
  • Modelagem Lógica: agrega mais alguns detalhes de implementação.
  • Modelagem Física: demonstra como os dados são fisicamente armazenados.

Quanto ao objetivo, podemos identificar as seguintes variações:

  • modelagem de dados entidade-relacionamento (leitura, construção e validação dos modelos);
  • modelagem de relacionamentos complexos, grupos de dados lógicos e ciclo de vida das entidades;
  • modelagem de dados corporativa;
  • modelagem de dados distribuídos (cliente/servidor);
  • modelagem e reengenharia de dados legados e
  • modelagem de dados para Data Warehouse.
  • O banco de dados é utilizado para guardar informações.
  • O banco de dados é feito para ajudar as pessoas

[1] O termo metafísica foi introduzido por um aluno de Aristóteles, Andrônico de Rodes, no Séc. I a.C (Cf. LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 665)

[2] ABBAGNANO, op. cit., p. 794

[3] ARISTÒTELES, Metafísica, VII, 17, 1041b 27. Apud ABBAGNANO, op. cit., p. 795. (tradução livre)

[4] Em sentido inverso tal propositura pode ser exemplificada, considerando que um cachorro nunca será, pois, um cavalo. Cf. os livros VII, VIII e IX da Metafísica de Aristóteles, citado por ABBAGNANO, op. cit., p. 795.

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